Sendo uma das anomalias congênitas mais frequentes, a criptorquidia acomete cerca de 4% dos recém-nascidos e até 45% nos meninos nascidos prematuramente, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
É comum que pais, mães e responsáveis, especialmente os de primeira viagem, se preocupem ao perceber que os testículos dos seus filhos ainda não desceram. Por isso, abaixo, saiba mais sobre a doença e sobre o que fazer nesses casos.
O que é criptorquidia?
A criptorquidia consiste em uma anomalia genital que ocorre ainda durante a gestação, caracterizada pela falha ou dificuldade dos testículos em se instalarem na bolsa escrotal. Na maioria das vezes, o médico pediatra e/ou uropediatra pode apalpar os testículos criptorquídicos e identificar onde estão localizados para, assim, indicar o melhor tratamento.
A doença se divide em duas formas:
- Criptorquidia bilateral: quando nenhum dos testículos desceram para o escroto.
- Criptorquia unilateral: quando apenas um dos testículos desceu para o escroto.
É importante que a criptorquidia seja diagnosticada e tratada ainda nos primeiros meses de vida, pois, caso os testículos não desçam naturalmente, o ideal é optar pelo tratamento hormonal ou, até mesmo, cirúrgico.
Quais são as causas da criptorquidia?
A criptorquidia tem diversas causas, portanto, cada caso deve ser analisado com cautela pelo uropediatra. No entanto, em geral, a principal causa para os testículos que não descem são as alterações genéticas, além de possíveis deficiências hormonais do bebê. A criptorquidia também pode ocorrer por problemas de saúde da mãe durante a gestação, como diabetes descontrolada, obesidade e tabagismo.
Quais são os tratamentos disponíveis para a criptorquidia?
Caso o testículo do bebê não desça para o escroto até os seis meses de vida, o indicado é iniciar o tratamento hormonal e, em casos mais graves, o reposicionamento cirúrgico do testículo no escroto pode ser necessário.
O tratamento cirúrgico tem como objetivo otimizar a função testicular e reduzir os danos a longo prazo, como a infertilidade e câncer, por exemplo. Além disso, ainda pensando a longo prazo, a cirurgia se faz benéfica inclusive para fins estéticos, mas sobretudo para a saúde do paciente. De acordo com a SBU, a cirurgia de criptorquidia deve ser realizada entre os 6 e 12 meses de idade, não podendo passar dos 18 meses de vida.
Portanto, em todos os casos, o acompanhamento médico com um uropediatra é imprescindível, especialmente para orientar os responsáveis da criança ao melhor tratamento e solução do problema. Converse com o médico do seu filho e saiba mais sobre o assunto.